Motor de Busca

Google
 

domingo, maio 17, 2009

Onde é que isto vai parar?

É por estas e por outras, que há muita gente a desejar o regresso de Salazar!...

Saiu ontem no Público:

"Carta a Cavaco dá processo disciplinar a enfermeiro
Margarida Gomes

A administração do Hospital de S. João instaurou um processo disciplinar a um enfermeiro tendo em vista "despedimento com justa causa" por ter escrito uma carta ao Presidente da República na qual se queixava de "perseguição por parte das chefias". O enfermeiro em causa incompatibilizou-se com a directora do Serviço de Otorrinolaringologia e foi transferido para outro serviço quando se encontrava em pleno gozo de férias.
Na carta, o enfermeiro denunciou "estar a ser vítima de injustiça, perseguição e discriminação" e aproveitou para fazer algumas considerações sobre o funcionamento do serviço em que trabalhava, questionando a actuação da respectiva directora. Alguns dias depois, a carta serviu de pretexto para a administração do hospital decidir a abertura de "um processo disciplinar contra o enfermeiro tendo em vista o seu despedimento com justa causa", invocando para isso a natureza difamatória da missiva. Sucede que o processo disciplinar não lhe foi instaurado de imediato, mas sim alguns meses depois do incidente com a directora do serviço.
A questão já chegou ao Parlamento e na última audição parlamentar, o deputado do BE, João Semedo, confrontou a ministra da Saúde, tendo Ana Jorge afirmado desconhecer o caso. Mas para que a questão "não caia no esquecimento", o Bloco dirigiu, entretanto, uma pergunta à ministra da Saúde por considerar que "a decisão da administração é grave e revela uma concepção antidemocrática e totalitária sobre os direitos e liberdades dos trabalhadores e dos cidadãos". Na pergunta dirigida à ministra, o BE pretende saber se "o Governo considera aceitável e justificada a abertura de um processo disciplinar para despedimento com justa causa de um profissional de Hospital de S. João, a pretexto de uma carta dirigida pelo referido profissional ao Presidente da República, na qual exprime a sua opinião e críticas ao serviço e respectiva directora?".
O PÚBLICO tentou obter um comentário da administração, mas a assessora de imprensa informou que o hospital não pretendia fazer qualquer declaração sobre o caso. Também o enfermeiro se recusou a comentar o caso.
A administração do Hospital de S. João considerou que o conteúdo da carta é difamatório e, por isso, avançou com a instauração de um processo disciplinar com vista a despedimento

Fim

© Copyright PÚBLICO Comunicação Social SA"

Mais palavras para quê?...
Onde é que isto vai parar?...

8 comentários:

joana santos disse...

Só que no tempo do Salazar nem se chegava a saber....

SalForte disse...

Palavras para quê? PORTUGAL NO SEU MELHOR! CONTINUA A SER UM PAÍS PEQUENINO DE CHEFIAS MESQUINHAS QUE NÃO CONSEGUEM DIGERIR UMA CRITICA OU UM COMENTÁRIO MENOS FAVORÁVEL...
POR ISSO É QUE NO TEMPO DO OUTRO SENHOR ERA O TEMPO DE FADO, FUTEBOL E FÁTIMA E AINDA AGORA A PALAVRA QUE AS CHEFIAS MAIS AMAM É...
AMÉN

Anónimo disse...

E em tudo isto a Ordem dos Enfermeiros não tem nada a dizer. Parece-me que a Ordem dos Enfermeiros devia dizer alguma coisa, mas como sempre só intervem quando é para incriminar algum enfermeiro que comete alguma falha. O que não é o caso pois segundo informações do blogue o enfermeiro apenas denunciou coisas que achou que não esta a ser feitas bem, não quer dizer que não pudessem ser melhor, a meu ver a Administração deveria era ouvir as partes interessadas e mudar o que está menos bem, para que haja qualidade. Gostaria de saber se fosse ao contrario, se fosse o médico a decalrar o qu não estava bem, se por acaso a Adminstração também lhe instaurava um processo disciplinar com despedimento. É que enquanto houver falta de médicos estes têm sempre a faca eo queijo na mão, mas com os enfermeiros é diferente, mesmo que se diga que nos serviços há falta deles, nunca são tidos ou achados no assunto, já com os primeiros se há falta contratam-se ou abrem-se concursos, para os segundos se há falta deles faz-se na mesma com os que há e muito mais. Desejo que o enfermeiro lute até ao fim pela suas convicções e que não se deixe intimidar, embora não acredite muito na justiça como ela está hoje, minada por todos os lados, mas que a há há. Força companheiro.

silvia sabroso disse...

Caríssimos
Estamos a desenvolver no âmbito de um trabalho de mestrado na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto um estudo sobre o assédio moral no trabalho, em Portugal.
Em virtude deste estudo pedimos a trabalhadores com mais de 6 meses de antiguidade que colaborem de forma completamente CONFIDENCIAL, que respondam a este breve questionário (copiar link para a barra de endereço e carregar enter).

http://www.encuestafacil.com/RespWeb/Qn.aspx?EID=480226

Esta temática encontra-se pouco estudada no nosso país e, para colmatar essa grave lacuna, esperamos que disponibilize 5 minutos do seu tempo para que possamos perceber a sua percepção cerca das suas experiências no seu contexto de trabalho.
Se conhecer alguém que se encontre numa situação de assédio moral no trabalho, por favor, reencaminhe-lhe esta mensagem.

Obrigada, desde já, pela sua colaboração
Silvia Sabroso

Anónimo disse...

“Porto, 22 Mai (Lusa) - O Conselho de Administração do Hospital de São João anunciou hoje o arquivamento do processo disciplinar contra um enfermeiro que escreveu ao Presidente da República queixando-se de que estava a ser injustiçado, perseguido e discriminado pelas chefias.

“Atendendo ao superior interesse público, e à consideração que nos merecem todas as instituições democráticas, o Conselho de Administração do Hospital de São João decide arquivar o processo, na certeza de melhor servir os interesses do país”, refere um comunicado da administração hospitalar.”

In http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/516321

silvia sabroso disse...

Judas, não sei se é a este blob que se refere, no entanto se pretender falar comigo acerca do mobbing na classe dos enfermeiros aqui vai o meu mail: silviasabroso@gmail.com

silvia sabroso disse...

Judas, não sei se é a este blob que se refere, no entanto se pretender falar comigo acerca do mobbing na classe dos enfermeiros aqui vai o meu mail: silviasabroso@gmail.com

Anónimo disse...

Sou enfermeira há 29 anos, estou há 16 num Centro de Saúde, onde de 2003 a 2007 fui juntamente c/ a enfªcoordenadora a "equipa domiciliária" da cidade, em 2008 c/ a criação da UCCI a equipa aumentou e passou a ter novo coordenador (o enfº chefe), ao fim de 4 meses por discordar de algumas das suas diretrizes, fui expulsa da ECCI de uma maneira vil e humilhante. Não aceitei ser humilhada e ultrajada pelo que resolvi queixar-me a quem de direito... Sindicato, Ordem dos Enfermeiros, Director do Centro de Saúde, ARS. Todos me responderam e apoiaram, mas a ARS resolveu em menos de um mês o assunto e de uma maneira bem positiva, FUI READMITIDA na ECCI, acordou-se que tinha sido um grande mal entendido, que partiríamos do "zero" colocando uma pedra sobre o assunto, pediu então o "chefe" que retirasse a queixa feita à Ordem, achei justo e assim fiz, mandei arquivar o processo.
Durante este ano que passou, colaborei arduamente com o coordenador e restante equipa, continuei a dar a minha opinião em alguns assuntos pertinentes e não houve o mais pequeno atrito no serviço.
Parecia que tudo tinha sido um mau sonho... engano meu, o mau sonho tornou-se realidade e voltamos à estaca zero, isto é: Precisamente um ano depois, está a decorrer o "Processo de Candidatura para a UCC" que é a única unidade coordenada por enfermeiro, há qual a UCCI pertence, pois é: - FUI EXCLUIDA .
Resolvi saber porquê e perguntei ao enfº coordenador, a resposta foi esta: "ESCOLHIA AS PESSOAS POR AMIZADE E AFINIDADE E QUE COMIGO NÃO TINHA UMA COISA NEM OUTRA, PARA ALÉM DE TERMOS UM ASSUNTO ANTIGO POR RESOLVER (a minha participação à ordem), PORTANTO NÃO CONTAVA COMIGO, QUE MAIS CLARO NÃO PODIA SER" sic, pelos vistos a competência e a experiência(das quais tenho provas dadas) não é para aqui chamada...como prova o mail que
ontem recebi (provavelmente muitos colegas tb) do sindicato :

A Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) é uma das unidades (com uma equipa multidisciplinar) que surge no âmbito da reconfiguração dos Cuidados de Saúde Primários.
Desenvolve, como o próprio nome indica, projectos de saúde na Comunidade, tais como, Saúde Escolar, Intervenção Precoce, entre muitos outros...
Podem consultar a sua Missão e atribuições, assim como a Carteira de Serviços no despacho em anexo.
Os Cuidados Continuados Integrados (mais conhecidos como "Domicílios") estão também integrados nesta Unidade. E é fundamentalmente para aqui que a UCC de ..... está a necessitar de 3 enfermeiros que estejam disponíveis para lá exercerem funções a tempo inteiro (Por mecanismo de "Transferência")
Está a decorrer uma fase de candidatura, em que são os profissionais que se propõem a formar estas Unidades. São as únicas coordenadas por um enfermeiro.
Os interessados podem responder a este mail ou contactar directamente a UCC de.......

pelos vistos o único requesito é estar interessado....

Uma coisa bem interessante é que ao que parece ele está dentro da legalidade.....mesmo assim A MINHA LUTA FOI REINICIADA.... a quem de direito claro está...., já não pela volta ao serviço de que gosto e onde me sinto realizada, mas pela raiva que sinto por termos as tais "chefias mesquinhas" que ainda pensam que que o poder lhes dá direito a tudo.... desta vez não me torno a calar, hei-de gritar "aos 4 ventos" nem que seja também ao Presidente da Republica.
Maria José