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sexta-feira, maio 22, 2009

Hospitais: "São João" arquiva processo disciplinar a enfermeiro que se queixou ao PR


Parece que, para já, a Administração do HSJ colocou um ponto final nesta pouca vergonha...

Ou terá sido um ponto e vírgula?...

Vamos estar atentos!

"Porto, 22 Mai (Lusa) - O Conselho de Administração do Hospital de São João anunciou hoje o arquivamento do processo disciplinar contra um enfermeiro que escreveu ao Presidente da República queixando-se de que estava a ser injustiçado, perseguido e discriminado pelas chefias.

"Atendendo ao superior interesse público, e à consideração que nos merecem todas as instituições democráticas, o Conselho de Administração do Hospital de São João decide arquivar o processo, na certeza de melhor servir os interesses do país", refere um comunicado da administração hospitalar.

No texto, a administração do Hospital de São João justifica o processo iniciado, e agora arquivado, porque a carta do enfermeiro ao Chefe de Estado continha afirmações "falsas, ofensivas e difamatórias para a instituição e para os profissionais que nela exercem funções, nomeadamente, para os profissionais do Serviço de Otorrinolaringologia".

Ao recorrer aos mecanismos legais, internos e externos, o hospital pretendia não só o "completo esclarecimento dos factos invocados na exposição referida, mas também à responsabilização dos diversos intervenientes".

A questão foi levantada há cerca de um mês pelo deputado do Bloco de Esquerda João Semedo, numa pergunta feita à ministra da Saúde, Ana Jorge, na comissão parlamentar da especialidade.

"Como a ministra disse que não tinha elementos para responder, fiz a pergunta por escrito", contou o deputado à agência Lusa, explicando que nunca obteve resposta.

Quinta-feira, o diário i debruçou-se sobre o caso (que já anteriormente tinha sido publicado no Público), explicando que a administração e a directora do Serviço de Otorrino apresentaram uma queixa-crime por difamação contra um enfermeiro da unidade, na sequência da carta escrita pelo profissional ao Chefe de Estado.

Uma fonte oficial de Belém, citada hoje pelo mesmo diário, afirmava que o Presidente da República considera "absolutamente inaceitável que alguém possa ser processado por lhe ter escrito uma carta".

Comentando à Lusa a decisão da administração hospitalar, João Semedo disse que ela "não podia ser outra", "só peca por tardia" e que, de resto, "nunca devia ter sido tomada".

Semedo lamentou também o silêncio que o Ministério da Saúde manteve sobre o assunto "durante um mês" e disse esperar que a Administração do Hospital de São João "não procure outra forma de retaliação".

O deputado do BE considerou que "seria particularmente grave" que este arquivamento não fosse acompanhado com a desistência do processo-crime.

JGJ.

Lusa/fim"

2 comentários:

SalForte disse...

Parece que quem manda nos enfermeiros anda sem falta de ideias de contra-argumento e usam as mesmas estratégias previsíveis de "vingança mesquinha", contra os enfermeiros que ousam dizer o que pensam.

Anónimo disse...

Só podia ser este o desfecho desta situação. Afinal o Enfermeiro teve razão no que escreveu, só é pena a carta não ser publica. Se calhar outras situações semelhantes, por este pais fora e não só no sector da saúde, tambem seriam denunciadas.
Continua companheiro, acreditamos em ti.