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quarta-feira, março 04, 2009

Reis da Procrastinação ou mais um "Ensaio sobre a Cegueira"?


Os últimos tempos (semanas) têm-nos mostrado o que de pior um país, ou melhor, uma Ministra e um governo que ultimamente se tornou autista, que não trata por igual os seus funcionários e que põe (uma vez mais) na gaveta promessas assumidas, o que faz a uma profissão, uma classe de profissionais cujo valor e papel social é dos mais reconhecidos pela população (ver aqui), fazendo-a retroceder aos tempos do antigo regime e dos primeiros anos pós 25 de Abril.

Esperamos que a reunião de amanhã (ver aqui comunicado) não seja mais um fait diver em que já se tornaram algumas destas conversas com o Ministério. Se tal acontecer, caros colegas, não pode haver dúvidas sobre o que se seguirá...

Alguém quer sugerir alguma coisa?...

Encontrei neste site, alguns apontamentos que me parecem pertinentes neste momento e que a seguir transcrevo!...

"Procrastinação:

À primeira vista, é uma palavra pouco habitual.
Procrastinar é deixar para o dia de amanhã, adiar, protelar, demorar, deferir...
O termo procrastinação pode ter uma acepção finita ou infinita - finita é o adiamento para um amanhã determinado, infinita (a perder de vista) é um adiamento sem amanhã definido.
Procrastinar implica deixar que as tarefas de baixa prioridade antecipem as de alta prioridade - por exemplo, socializar com os colegas quando se tem um projecto para entregar esta semana, ver televisão ou jogar computador em vez de estudar, etc... O conceito de tarefa adiada abrange uma vasta amplitude de domínios.
Qualquer tipo de procrastinação envolve a decisão de adiar. Os resultados podem interferir com o sucesso académico e pessoal - aí, torna-se pecado (e entra nesta série...) para o estudante.

A procrastinação encontra-se ligada ao conceito físico de inércia – uma massa em repouso tende a permanecer em repouso. Como tal, são necessárias mais forças para iniciar a mudança do que para a manter, o que convida ao adiamento do início das tarefas. Por sua vez, este adiamento ou evitamento, ao proporcionar uma sensação de conforto temporário, reforça a própria procrastinação, o que torna mais difícil começar a agir no sentido inverso. Estamos, portanto, perante um ciclo de funcionamento que se alimenta a si próprio e que tende a perpetuar e a alastrar cada vez a mais áreas ou a assumir cada vez uma maior intensidade.


Indeferença:

A indiferença fica à margem da preocupação com os outros e com o mundo.
Não se importa com as vozes que falam de crueldade, de fosso entre ricos e pobres, de poluição do planeta, de fome, de.... seja do que fôr. A indiferença alheia-se da participação e da responsabilização. Carece de expectativas, não quer saber delas e, por isso, coloca o hoje e o amanhã em risco.
Um estudante cair no pecado da indiferença, significa que não-se-importa com os outros, com o ambiente, com o mundo. É um pleno atentado contra a cidadania cívica, política, social.

Ademais, a indiferença gosta da cegueira e da passividade, da incapacidade persistente.
Ah, e de clientelas corporativas e burocráticas, da dureza de coração e da frieza, da insensibilidade.
Não se trata de estoicismo - aqui, qualquer esforço tem o sentido de preservar a estabilidade amorfa.
Por isso o indiferente torna-se um ser estranho: tem cérebro e não pensa na direcção de fora-de-si, tem coração e não sente, tem alma e não ama. Dir-se-ia que o contrário do amor não é o ódio, como se pensa. É a indiferença.


Desonestidade:

A Desonestidade, nega a honestidade.
O que é honesto, é virtuoso, sério, digno, conforme à lei moral, à honra.
Gosto de probidade, aqui - porque ser honesto é ser probo, ou seja, de carácter íntegro.
Precisaríamos de uma palavra para designar a virtude que rege as relações com a verdade.
Quem é desonesto, não está «de boa fé».
E por não o estar e por agir em não-conformidade com faz-me trazer a justiça para aqui, também, e recordar que (com Tomás de Aquino), se pode ser injusto por se ser transgressor da lei, o vulgo «infractor», em que o critério é a des-conformidade com a lei, ou por se agir contra a igualdade (ou querer mais bens ou mais dos bens ou querer menos ou menos parte dos males).
Quem é desonesto, atenta à verdade e à justiça, eis a minha tese.
Por inúmeras razões que se reflectem numa intenção-base: obter um resultado de sucesso que não lhe é devido.
E a «esperteza» (pois!) diz que resulta ser desonesto. Basta olhar em redor, os exemplos sociais, culturais e políticos (na condição de permanecerem incólumes). Por aqui, nos blogs, as queixas abundam. "

Isto f(e)az-me pensar!...

7 comentários:

Anónimo disse...

excelente!
A mim tb me fez e faz pensar.

Parabéns pelo post e pelo regresso!

Luis F.

Rosa Silvestre disse...

Parabéns pelo regresso e pelo post, of course!

Rosa Silvestre disse...

Este blog tem selinho trilegal!
Parabéns!

Anónimo disse...

A GUERRA contra a descriminação da enfermagem começou!


NÃO VOTEM PS!! NÃO VOTEM PS!!

NÃO VOTEM PS!! NÃO VOTEM PS!!

NÃO VOTEM PS!! NÃO VOTEM PS!!

consultem o blog: doutorenfermeiro.blogspot.com

Blogger de Saúde disse...

Ainda bem que regressou às postagens.. Nesta altura de luta faz todo o sentido.

Abraço forte

Anónimo disse...

Les uns et les outres

Ao invés do que sucede com as negociações com os Sindicatos de Enfermagem (link), as negociações com os sindicatos classe médica vão de vento em poupa.

"Decorreu ontem, 3 de Março de 2009, a esperada reunião para efeitos de negociação das Carreiras Médicas. Nessa reunião, presidida pela Sr.ª Ministra da Saúde, Dr.ª Ana Jorge, foi manifestado pelos dois Sindicatos Médicos (historicamente pela primeira vez juntos e concertados numa mesma mesa negocial) o seu desagrado e discordância pela nova proposta apresentada pelo Ministério da Saúde, proposta essa que consideram inaceitável, tendo sido formalmente entregue o documento que pode consultar em anexo.Face à avaliação política e jurídico-laboral efectuada, o Ministério da Saúde voltou a retirar a sua proposta, comprometendo-se a apresentá-la reformulada e a muito breve prazo." Fonte: SIM

"A ministra da Saúde deixou ontem os líderes dos dois sindicatos médicos apaziguados, ao demonstrar uma "abertura completa" para apresentar uma nova proposta de diploma da revuisão das carreiras e garantir que a avaliação de desempenho será adaptada à especificidade da profissão. (...)
Presente no encontro, como os sindicalistas tinham reclamado, a ministra acabaria por responder afirmativamente às três exigências nucleares dos sindicalistas: comprometeu-se a integrar num único diploma os princípios gerais a que deve obedecer a revisão das carreiras e as questões ligadas à qualificação médica, aceitou que o novo documento não integre matérias que são do âmbito da contratação colectiva (...) e não pôs de parte a hipótese de haver uma contratação colectiva única." Fonte: Público

Ora temos aqui claramente 2 pesos e 2 medidas. Será por a Srª Ministra da Saúde ser Médica? Esta atitude é vergonhosa, os Enfermeiros estão a ser roubados descaradamente… Sendo assim espero que toda a classe de Enfermagem possa dar uma boa resposta a esta Srª .

Anónimo disse...

É inaceitavel a proposta apresentada. SOMOS QUADROS SUPERIORES DA FUNÇÃO PUBLICA DE
PLENO DIREITO.